Economia
16/04/2025
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, enviado nesta terça-feira (15) ao Congresso Nacional, prevê que o salário mínimo no próximo ano será de R$ 1.630. O valor representa um reajuste nominal de 7,37% em relação ao atual piso nacional, que está fixado em R$ 1.518.
O cálculo do reajuste considera uma projeção de 4,76% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro deste ano, somado ao limite de 2,5% de crescimento real dos gastos públicos estabelecido pelo novo arcabouço fiscal. A fórmula de correção do salário mínimo voltou a ser aplicada em 2023, após um período sem uso, e leva em conta o INPC do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Apesar disso, medidas de contenção de despesas limitam o crescimento real do mínimo. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, “o pacote de corte de gastos no ano passado […] limitou o crescimento”, já que o salário mínimo passou a fazer parte dos limites do arcabouço fiscal, que permite reajustes reais entre 0,6% e 2,5%. Com isso, a alta real projetada foi ajustada para o teto permitido.
O projeto também apresenta estimativas para os anos seguintes:
Esses valores, no entanto, ainda são preliminares e podem ser revistos nos próximos PLDOs.
De acordo com o Ministério, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo impacta em cerca de R$ 400 milhões no Orçamento federal. Isso porque diversos benefícios, como os pagos pela Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), estão atrelados ao piso nacional. Para 2026, a estimativa é de um crescimento de R$ 115,3 bilhões nas despesas da Previdência, com arrecadação extra de R$ 71,2 bilhões.
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