Ascom/Governo do RN

Mostra celebra memória e resistência de comunidade situada em São Miguel do Gostoso.

Exposição “Faces do Reduto” é inaugurada na Pinacoteca do Estado

A exposição Faces do Reduto foi inaugurada nesta terça-feira (15), na Pinacoteca do Estado, localizada no histórico Palácio Potengi, em Natal (RN). A mostra é fruto do projeto homônimo realizado pela Green Point Produções e retrata o cotidiano da comunidade do Reduto, situada em São Miguel do Gostoso. Com entrada gratuita, a visitação segue aberta ao público até 16 de maio de 2025.

Durante a noite de abertura, o evento reuniu artistas, produtores culturais, moradores do Reduto e representantes de instituições ligadas à cultura potiguar, promovendo um encontro marcado por afeto, memória e reconhecimento coletivo. A governadora Fátima Bezerra participou da solenidade e destacou a relevância da iniciativa.

“A exposição está muito linda, muito bem pensada e planejada, porém, o que mais me encantou é a oportunidade que o evento proporcionou de trazer as pessoas da comunidade do Reduto à Pinacoteca, ao Palácio Potengi, um dos templos da cultura potiguar”, afirmou.

A governadora também homenageou personagens marcantes da mostra, como as mestras Dona Mariquinha e Deuzuíte, o pescador seu Luiz e a família de Julião, protagonista de um dos filmes da trilogia que inspirou a exposição.

Idealizada e dirigida pela cineasta Mônica Mac Dowell, a mostra é uma extensão sensorial da trilogia documental da artista, composta pelos curtas Rosa de Aroeira, A Deus Querer e Julião, Filhos da Praia. “Esse projeto já vem sendo realizado na comunidade com diversas ações de fortalecimento dos patrimônios culturais do Reduto, como o artesanato labirinto, a casa de farinha e a pesca artesanal. A exposição é uma celebração da identidade e da força simbólica de um território que pulsa memória e resistência”, explicou Mônica.

Com cinco instalações principais – Minha Terra, Minha Farinha, Meu Labirinto, Meu Mel e Minha Jangada – a exposição convida o público a uma travessia sensorial por meio de imagens, palavras e objetos que traduzem o espírito da comunidade. A trilha sonora original de Valéria Oliveira embala a experiência com sons e silêncios que evocam o cotidiano do Reduto.

A secretária de Estado da Cultura, Mary Land Brito, também ressaltou o valor simbólico do projeto. “O Reduto nos ensina sobre força coletiva, ancestralidade e poesia cotidiana. É um orgulho para o nosso Estado apoiar iniciativas como essa, que nos aproximam da nossa identidade mais profunda”, afirmou.

A exposição conta ainda com uma sala imersiva criada por Wil Amaral, três salas fotográficas e uma curadoria assinada por Manoel Onofre Neto. A expografia é de autoria de Rafael Sordi Campos, Ângela Almeida e João Marcelino.

O projeto é viabilizado com recursos do Programa Cultural Câmara Cascudo, do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação José Augusto (FJA), com patrocínio da Neoenergia Cosern, Instituto Neoenergia, Mandato de Divaneide Basílio e Dois A Engenharia. Também conta com o apoio da Pinacoteca do Estado, Sebrae, Caern e Funcern.

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