Agência Brasil

Este é o 14º mês consecutivo de crescimento nas vendas em termos reais, ou seja, com a inflação já descontada.

Comércio potiguar cresce 2,6% em fevereiro, aponta levantamento da Fecomércio

O setor de comércio do Rio Grande do Norte registrou um aumento de 2,6% em fevereiro de 2025, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), e analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio). O resultado marca o 14º mês consecutivo de crescimento nas vendas em termos reais, ou seja, com a inflação já descontada.

De acordo com a Fecomércio, o desempenho positivo ganha ainda mais relevância por ocorrer sobre uma base de comparação elevada: em fevereiro de 2024, o crescimento já havia sido de 6,6%. “Os números positivos refletem um início de ano bastante promissor, ainda na esteira de 2024, onde a economia potiguar cresceu mais de 6,0%”, avalia a entidade.

Entre os estados nordestinos, o Rio Grande do Norte apresentou o sexto melhor resultado no mês, superando Maranhão (0,0%), Bahia (+0,5%) e Sergipe (+0,7%).

No cenário nacional, sete dos 11 segmentos analisados pela PMC tiveram aumento nas vendas em fevereiro:

• Veículos, motos, partes e peças: +10%
• Material de construção: +9,7%
• Móveis e eletrodomésticos: +9,3%
• Tecidos, vestuário e calçados: +8,6%
• Artigos farmacêuticos e de perfumaria: +3,2%
• Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +2,6%
• Combustíveis e lubrificantes: +1,5%

No acumulado do primeiro bimestre de 2025, o comércio potiguar teve alta de 3,3%, acima da média nacional de 2,3%. O estado apresentou o quinto melhor desempenho entre os nove estados do Nordeste, ficando à frente de Maranhão (-3,5%), Sergipe (-0,8%), Bahia (+0,0%) e Alagoas (+1,8%).

Apesar do bom momento, a Fecomércio alerta para fatores que podem influenciar negativamente os próximos meses. Entre eles, estão os juros ainda elevados e a elevação da carga tributária estadual iniciada em março. Do lado do consumidor, pesam o aumento da inflação e o índice de endividamento, que em Natal chegou a 84,9% em fevereiro — superior à média nacional, de 76,4%, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

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